Quando falamos em FPS com ação desenfreada poucos títulos superam este game. A tensão é constante e a variação de personagens para contar a história foi muito bem executada. Um problema que filmes têm quando usam jogos como matéria-prima é o fraco roteiro, que passa sem ser percebido pelos gamers pois estamos distraídos com a jogabilidade. Isso poderia ser facilmente evitado em Modern Warfare pois o game tem uma boa trama.

O enredo do jogo mostra um país fictício no Oriente Médio onde uma milícia sequestra o presidente e o fuzila em rede nacional, dando início a uma guerra civil. Cabe a times da SAS (Special Air Service) e do exército americano descobrir quem são os responsáveis e como acabar com o conflito. Durante o jogo acontecem várias coisas inesperadas e que deixam o jogador grudado na tela.

Desde GTA III os games da série primam por roteiros que parecem ter sido feitos para o cinema, mas as aventuras de Niko Bellic são as que mais se aproximam deste feito. As idas e vindas do iugoslavo por Liberty City tomaram de assalto os corações de gamers pelo mundo. Uma história policial como esta seria um prato cheio para diretores como Antonie Fuqua (Dia do Treinamento) e Joe Carnahan (Narc e A Ultima Cartada).

No game você controla o personagem Niko Bellic, um veterano da guerra civil Iugoslava que vai para os EUA em busca de uma vida melhor ao lado de seu primo, o irritante Roman. Ele também está tentando encontrar um traidor que armou uma emboscada contra sua unidade militar matando 12 de seus companheiros.

Mesmo se tratando de um criminoso e ex-traficante de pessoas você começa a ver um lado bom no personagem, que no fim das contas só quer um pouco de paz para si e uma vida melhor longe dos problemas que ficaram na Europa.

Este game chamou muito a atenção do público por seu visual altamente detalhista e pela história sombria, que envolvia a escolha entre salvar e matar garotinhas em troca de poder. Seria um filme bastante sombrio que precisaria de um diretor como David Fincher (Seven e Zodíaco) ou Gore Verbinski (O Chamado) para dar o clima certo.

No game você sofre um acidente de avião e vai parar acidentalmente na cidade de Rapture, uma metrópole submarina que foi construída para ser um lugar perfeito. Ela era auto-suficiente na produção de energia e alimentos, mas entrou em decadência após a descoberta do ADAM, uma substância que poderia aumentar as capacidades físicas e mentais de seus usuários. Isso foi o bastante para colocar a cidade inteira em colapso pela busca desenfreada ao ADAM, que era colhido pelas Little Sisters, garotinhas retiradas de um orfanato e modificadas para este propósito. Cabia ao personagem matar ou salvar as “irmãzinhas” para aumentar seu poder.

A influência visual deste game pôde ser vista este ano em filmes como O Livro de Eli e A Estrada. Ambos “tomam emprestado” diversas características desta série, mas infelizmente nenhum pode ser indicado como adaptação de Fallout para as telas de cinema. Uma das coisas mais curiosas do game é que mesmo se passando depois de 2077 o visual das coisas parece ter parado nos anos 50 e a influência nas músicas e arquitetura é inegável.

No universo do game uma crise de petróleo ocorre em 2077 entre EUA e China que culmina em uma guerra nuclear que destrói o mundo como conhecemos. Antes do ocorrido o governo americano construiu abrigos anti-nucleares e selecionou pessoas com mínima propensão a doenças para morarem lá. Seu personagem nasce dentro do abrigo, décadas após a guerra, quando ninguém mais lembra como era viver lá fora.

Os habitantes do abrigo vivem bem, reciclando o lixo e purificando a água. É aí que seus problemas começam, pois o chip de purificação da água quebra e você precisa sair do abrigo para achar um novo, caso contrário todos morrerão de sede. Do lado de fora do abrigo o personagem encontra uma sociedade modificada, mas funcional e vai precisar realizar várias tarefas para proteger os moradores do abrigo e toda a humanidade.

Uma das mais épicas e sangrentas aventuras do mundo dos games daria um excelente filme. Os trailers de Fúria de Titãs provam que a tecnologia para reproduzir as gigantescas batalhas vistas no jogo já existe. Resta saber se algum estúdio bancaria um filme que com certeza teria uma classificação indicativa alta por suas cenas de sexo e violência. Se alguém do naipe de Peter Jackson (O Senhor dos Anéis) ou James Cameron (Avatar) assumisse era sucesso na certa.

O game conta as aventuras de Kratos, um general espartano que promete servidão eterna a Ares, o deus da guerra, se ele o fizesse ganhar uma batalha perdida. Isso o coloca em uma trilha de sangue tão grande que levaria a vida de sua esposa e filha. Revoltado Kratos promete vingança contra Ares e trilha o caminho de diversas lendas gregas para completar seu destino. O jogo é contado de forma cinematográfica e não daria muito trabalho a um roteirista adaptá-lo.